A vacina bivalente, da Pfizer, é fundamental para proteger também contra a cepa Ômicron. Além disso, no ano passado, a Anvisa aprovou a atualização da vacina monovalente para proteção contra a variante XBB 1.15. Em março deste ano, a agência também autorizou o registro da Spikevax monovalente, da Adium, representante da farmacêutica Moderna no Brasil, outra opção de proteção para a variante recente.
Estudos recentes mostram que é fundamental manter a vacinação atualizada, com todas as doses aplicadas — incluindo as de reforço –, para se manter protegido contra quadros graves da Covid-19. Segundo pesquisadores, pessoas que receberam vacinas atualizadas contra o vírus tinham menos probabilidade de serem hospitalizadas em comparação com quem não foi vacinado com doses atuais.
2. Máscaras e outras formas de prevenção realmente são eficazes
Quando ainda não existiam vacinas contra a Covid-19, a principal forma de prevenir a infecção pelo vírus era usando máscaras e evitando aglomerações. Um estudo publicado na PNAS (Proceedings of the National Academy of Sciences) mostrou que, mesmo a três metros de distância, uma pessoa não vacinada contra o coronavírus e sem máscara pode se infectar em menos de cinco minutos ao inalar partículas expelidas pela respiração de alguém contaminado.
O mesmo estudo mostrou que, se ambas as pessoas estivessem usando máscaras bem ajustadas ao rosto, a chance de contato em até 20 minutos seria de apenas 0,1%, no caso das máscaras padrão PFF2. Em relação às máscaras cirúrgicas, mais simples, a chance de contágio seria de 10%.
Mas, além das máscaras, outras formas de proteção também se mostraram eficazes. De acordo com pesquisadores da University of Michigan, dos Estados Unidos, manter a ventilação e filtração do ar em ambientes fechados também é fundamental. Isso porque os vírus que causam Covid-19 — e outras infecções respiratórias, como gripe e bronquiolite — permanecem suspensos no ar por horas.
Ao abrir janelas, ligar ventiladores, filtrar o ar de aparelhos como ar-condicionado, é possível fazer o ar ventilar e reduzir a quantidade de vírus presentes no ambiente.
3. Testes devem ser feitos no momento certo
Os testes para Covid-19 são a principal forma de detectar a infecção. Atualmente, existem quatro tipos de teste, sendo que um deles pode ser feito pelo próprio paciente.
Apesar de possuírem alta eficácia na detecção do vírus, é preciso saber fazê-los no momento certo para evitar casos de “falso negativo” — quando o resultado do exame não detecta o vírus, apesar de o paciente estar infectado.
O tempo ideal para detectar a Covid-19 pode variar de acordo com o tipo de teste. O teste rápido e o autoteste, por exemplo, devem ser feitos no 1º e 7º dia do início dos sintomas. O RT-PCR pode ser feito até o 8º dia de sintomas, enquanto o teste de sorologia deve ser feito a partir do 21º dia dos sintomas, para saber se uma pessoa teve Covid-19 previamente.
4. Sequelas podem durar por muito tempo
Segundo um estudo desenvolvido por pesquisadores da UFPel (Universidade Federal de Pelotas) e da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), três em cada quatro infectados pelo coronavírus desenvolveram Covid longa.
A condição é caracterizada pela ocorrência de sintomas persistentes da doença depois de três meses da contaminação, como dor de cabeça, fadiga, perda de olfato e paladar, tosse, queda de cabelo e complicações neurológicas.
Um outro estudo, realizado por pesquisadores alemães, detectou mudanças no cérebro de pessoas que tiveram Covid longa, o que pode estar relacionado a sintomas como fadiga, problemas cognitivos e perda olfato.
Uma outra pesquisa, publicada na Nature Medicine em 2023, mostrou que a condição pode incapacitar mais do que doenças cardíacas ou câncer. Segundo o trabalho, a Covid longa gerou mais de 80 anos de vida ajustados por incapacidade, ou seja, anos de vida saudável perdidos devido à doença.
Por fim, dados de um estudo realizado na Espanha, em 2022, mostrou que quase 60% dos pacientes que foram hospitalizados e 67,5% daqueles que não estiveram internados relataram pelo menos um sintoma da Covid-19 dois anos após a infecção.