Dólar volta a fechar acima de R$ 5 após mais de 4 meses; Bolsa também sobe

Da Redação 18/03/2024

O dólar subiu 0,57% e encerrou o dia vendido a R$ 5,026, voltando a fechar acima de R$ 5 pela primeira vez desde 31 de outubro de 2023 (R$ 5,041). No mês, a moeda americana acumula ganhos de 1,07% frente ao real.

Já o Ibovespa subiu 0,17% e chegou aos 126.954,18 pontos, depois de dois pregões seguidos de queda. O principal índice da B3 ainda registra baixa de 1,6% em março.
Os mercados estão repercutindo os dados econômicos tanto do Brasil quanto da China. No Brasil, o IBC-Br, que é considerado uma prévia do PIB, teve um avanço de 0,6% em janeiro, superando as expectativas.

Enquanto na China, foram divulgados números positivos sobre a produção industrial e as vendas no varejo, com crescimentos de 7% no primeiro bimestre e 5,5% em fevereiro, respectivamente. Esses dados indicam um cenário econômico favorável para ambos os países.

Segue a expectativa pela decisão sobre juros nos EUA. Espera-se que o Fed (Federal Reserve, o Banco Central americano) mantenha as taxas inalteradas mais uma vez. A maior parte dos investidores — 57%, segundo a última análise feita pela ferramenta FedWatch — ainda aposta num primeiro corte em junho, embora os recentes dados de inflação tenham reduzido o otimismo.

Taxas mais baixas nos EUA tendem a beneficiar o real. Isso acontece porque, com juros elevados, os investidores redirecionam recursos para o mercado de renda fixa dos EUA, considerado muito seguro. Por outro lado, sinais de que o Fed vai começar a reduzir os juros em breve tendem a impulsionar moedas mais arriscadas, porém mais rentáveis, como o real.

Banco Central brasileiro também define a Selic nesta semana. O mercado aposta em mais uma redução da taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual, para 10,75% ao ano — o menor patamar desde fevereiro de 2022 (9,25%). Assim como o Fed, o Copom (Comitê de Política Monetária) se reúne amanhã e na quarta-feira (20) para definir os juros.

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