O Ibovespa fechou em alta de 1,6%, impulsionado pela valorização das ações da Vale. Enquanto isso, o dólar recuou, atingindo o valor de R$ 5,03
Redação 08/04/2024
O fechamento em alta consistente do Ibovespa e a queda do dólar em relação ao real nesta segunda-feira (8) indicam uma reação positiva dos investidores. A notícia sobre a meta fiscal do Brasil e o aumento dos preços do minério de ferro contribuíram para esse cenário, enquanto os ruídos em torno da Petrobras continuam sendo monitorados de perto. Esses elementos refletem a volatilidade e a sensibilidade do mercado a uma série de fatores econômicos e políticos.
Na cena internacional, o mercado aguarda por dados da inflação nos Estados Unidos, que podem mexer com as expectativas de queda dos juros pelo Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA). No mesmo dia também será publicado o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de março.
O Ibovespa encerrou a sessão com uma alta de 1,63%, alcançando os 128.857 pontos. Esse desempenho positivo ocorreu apesar do clima misto nas bolsas de Wall Street, sugerindo uma resiliência do mercado brasileiro diante de influências externas. Esse movimento destaca a confiança dos investidores e a força do mercado local.
Já o dólar cedeu 0,65%, negociado a R$ 5,032 na venda, perda acima da observada contra a cesta de moedas fortes.
As ações da Vale (VALE3) saltaram 5,46% e ficaram entre os maiores ganhos da sessão com os contratos futuros do minério de ferro em alta.
O movimento positivo no mercado brasileiro ocorre em meio à esperança de possíveis medidas para fortalecer o setor siderúrgico na China. As expectativas de uma onda de reabastecimento pós-feriado por parte das siderúrgicas do país asiático também contribuem para esse otimismo. Esses fatores estão impactando positivamente o desempenho das empresas brasileiras, especialmente aquelas ligadas ao setor de commodities.
O dado desta semana deve mostrar um aumento na inflação geral dos EUA para 3,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, de 3,2% em fevereiro, segundo economistas consultados pela Reuters.
As chances de um primeiro corte de 0,25 ponto percentual pelo Fed em junho eram calculadas em 46%, abaixo dos 51% de sexta-feira, mostravam dados do CME Group, depois que dados recentes reforçaram a percepção de uma economia norte-americana resiliente.
“Dados mais fortes dos EUA e preços do petróleo mais elevados sugerem que os rendimentos dos EUA ainda podem oferecer vantagens, embora acreditemos que a Fed responderá mais ao dado de inflação desta semana do que aos fortes números de empregos não agrícolas”, disse o Citi em nota, acrescentando que a evolução dos preços do petróleo e de alimentos é um obstáculo para a desinflação dos mercados emergentes – o que pode levar a cautela no afrouxamento monetário.
O banco privado mantém uma visão otimista em relação às moedas de alto rendimento na América Latina, apesar do contexto global. Isso sugere que há confiança na resiliência e no potencial dessas moedas, mesmo diante de desafios e volatilidades nos mercados internacionais.