O período de chuvas exige cuidados redobrados em relação a destinação adequada de materiais inservíveis e eliminação de depósitos para evitar um aumento na proliferação do mosquito Aedes aegypti e, consequentemente, no número de casos de Dengue, Zika e Chikungunya. Apesar das notificações destas doenças estarem estáveis em Campo Grande, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) reforça o alerta para a prevenção.

A superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau, Veruska Lahdo, destaca a importância de cada um fazer a sua parte no combate ao mosquito Aedes aegypti, sendo o engajamento da população fundamental neste processo.

“É preciso que todos estejamos atentos para evitar o aumento na proliferação do mosquito e, consequentemente, das doenças. Não basta somente o Poder Público fazer a sua parte, é preciso a colaboração de todos”, alerta. Levantamento da Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais (CCEV) revela que aproximadamente 75% dos focos do mosquito ainda são encontrados dentro das residências.

Os locais escolhidos para o armazenamento de água e vasilhas usadas como bebedouros para animais domésticos devem ser limpos com escova e sabão; os recipientes para armazenamento de água deverão ser fechados com as tampas originais ou com uma tela de trama pequena ou tecidos de tramas fechadas, de forma a evitar o acesso do mosquito; as caixas d’água devem passar por limpeza regular e estar bem fechadas.

“Os cuidados devem ser diários. O cidadão tem papel fundamental na luta contra o mosquito. Pedimos à população que colabore inspecionando suas residências quando possível, com o objetivo de identificar ambientes propícios à proliferação ou a criadouros do mosquito”, reforça a superintendente.

Além do trabalho de rotina, onde há a visitação domiciliar dos agentes de endemias, diariamente os bairros com maior incidência de notificações recebem a borrifação de inseticida a Ultra Baixo Volume (UBV), conhecido popularmente como “Fumacê”, e os mutirões estão sendo intensificados nos bairros, através da Meu Bairro Limpo – Todos Juntos contra à Dengue, que teve a sua terceira etapa iniciada na última semana. A previsão é de que a campanha se estenda até o fim do ano, contemplando as sete regiões urbanas  do Município. As duas etapas anteriores foram realizadas nas regiões Anhanduizinho e Lagoa.

Pontos de coleta

Durante a ação, três pontos de coleta de materiais inservíveis estarão sendo disponibilizados à população. Nos locais os moradores poderão descartar materiais de grande volume, como móveis inutilizados, carcaça de eletrodomésticos e eletrônicos, pneus e outros objetos que possam acumular água. Não é permitido o descarte de entulhos, restos de materiais de construção e podas de árvores.

EcoPonto Moreninha
Rua Copaíba, 640 – Moreninha

Tiradentes
Travessa Oboé, entre a Rua do Pandeiro e Rua do Pistão

Ações permanentes

Desde novembro do ano passado, as equipes da Sesau vêm intensificando as medidas de prevenção e controle do vetor da dengue, previstas no Plano de Contingência Municipal, que estabelece metas para conter uma possível epidemia de arboviroses, além de estabelecer diretrizes quanto à assistência e organização de fluxo. As diretrizes foram publicadas no último mês, prevendo estratégias a serem executadas até 2025 para evitar o aumento no número de casos.

A Sesau também tem reforçado as ações educativas e de mobilização social nas sete regiões urbanas, distritos e assentamentos (Zona Rural) de Campo Grande, para orientar a população sobre as medidas para a prevenção às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Tais iniciativas também são reforçadas na Atenção Primária, por meio das unidades básicas e de saúde da família, e nas escolas em período letivo.

Casos

Do dia 01 de janeiro a 14 de abril deste ano, foram notificados 5.948 casos de dengue e nenhum óbito em Campo Grande. Até o momento, não houve a notificação de nenhum caso de zika e onze notificações por chikungunya. Em todo o ano passado a Capital registrou 17.033 notificações de dengue e seis óbitos provocados pela doença. Foram notificados, de janeiro a dezembro de 2.023, 92 casos de zika e 176 de chikungunya.

A Capital fechou o segundo semestre do ano passado apresentando redução significativa nos casos de dengue, se comparado com o período anterior. O pico da doença foi registrado em abril, com mais de 3 mil casos notificados. A partir de junho, houve redução expressiva com estabilização nos meses seguintes.