Sindicato cobra resposta da Sejusp após tiros em Penitenciária de Segurança Máxima

da Redação | 19/05/2024

Policiais penais são atacados e sindicato exige medidas imediatas para garantir segurança dos servidores

Após um ataque armado contra policiais penais na madrugada deste domingo (19) no Estabelecimento Penal de Segurança Máxima Jair Ferreira de Carvalho, em Campo Grande, o Sindicato dos Policiais Penais de Mato Grosso do Sul (SINSAPP/MS) emitiu um alerta e cobrou um posicionamento da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen).

Em uma nota oficial, o sindicato ressaltou a necessidade de uma resposta imediata das autoridades competentes. “Em função desse incidente, o sindicato exige uma resposta imediata da Sejusp e da Agepen, visando a segurança de todos os servidores. O sindicato está comprometido em acompanhar o caso de perto e exigirá medidas efetivas para prevenir novos incidentes”, destacou a nota. O presidente do sindicato, André Santigado, também enfatizou a importância de maior cautela por parte dos policiais penais e outros servidores.

O Campo Grande News contatou a Sejusp, que orientou a procurar a Agepen. Em resposta, a Agepen informou que o serviço de inteligência está investigando as circunstâncias e motivações do ataque. A administração destacou diversas medidas adotadas para reforçar a segurança, incluindo a instalação de telamentos sobre os pavilhões e a implementação de treinamentos de defesa. “A Agepen já deu início a um treinamento de Plano de Defesa – Combate em Torre, com o apoio de instrutores do Sistema Penitenciário Federal”, afirmou a nota.

Recentemente, a Agepen realizou uma simulação de ataque na unidade penal Gameleira I, em Campo Grande, para testar e aprimorar os procedimentos de segurança. O treinamento envolveu disparos de munição real e a mobilização de veículos e servidores descaracterizados. O diretor-presidente da Penitenciária Estadual, Rodrigo Maiorchini, destacou que a iniciativa visa capacitar a equipe para respostas rápidas em caso de ataques. “Nunca aconteceu aqui, mas no Paraná anos atrás ocorreu. O intuito é capacitar nossa equipe para uma resposta rápida e aplicar uma doutrina de pronta reação”, explicou Maiorchini. Ele também mencionou a colaboração com outras forças de segurança pública para desenvolver novas abordagens e dispositivos de segurança nas instalações prisionais.

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