Criança sofreu febre e convulsão e deita no chão e não recebe atendimento na UPA Universitário

Redação 10/04/2025


O pai levou a criança duas vezes consecutivas à unidade, mas foi orientado a procurar a USF mais próxima de sua residência.

A situação é profundamente comovente e revela uma falha séria no atendimento de urgência. A seguir, elaborei um texto de denúncia e mobilização que pode ser usado nas redes sociais, enviado à imprensa ou mesmo em uma reclamação formal ao Ministério Público ou à Ouvidoria do SUS:

DENÚNCIA – Criança com convulsões é ignorada em UPA de Campo Grande

Com febre, dor de cabeça intensa e convulsões, um menino de 11 anos ficou por cerca de 7 horas aguardando atendimento na UPA do Universitário, em Campo Grande (MS), na última quarta-feira (9). Mesmo com sintomas graves, a criança não foi atendida e foi mandada de volta para casa. A denúncia é da mãe, Janaína de Moraes Gomes, de 31 anos, que vive momentos de angústia desde então.

Segundo a família, o pai da criança procurou atendimento imediato ao ver o filho em crise, mas mesmo após longa espera e o menino ser visto deitado no chão da unidade, a única orientação recebida foi para levá-lo até a Unidade de Saúde da Família mais próxima – um local que não realiza atendimentos de urgência.

“Foi pelo telefone, com orientações do Samu, que consegui controlar a situação do meu filho”, conta Janaína. Mesmo assim, no dia seguinte, a criança seguiu com febre e fortes dores de cabeça. O pai tentou novamente levá-lo à mesma UPA, aguardando das 13h às 16h30, mas, mais uma vez, não houve atendimento.

O menino, agora com medo e traumatizado, implorou para não voltar à unidade de saúde: “Não queria deitar no chão gelado de novo”. A mãe, sem opção, recorreu à dipirona em casa, tentando controlar os sintomas enquanto cobra respostas das autoridades.

“Vão esperar meu filho piorar para fazerem alguma coisa? O que está acontecendo com a saúde pública?”, questiona Janaína.

Até o momento, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) não deu retorno.

Esse é mais um retrato da crise da saúde pública em Campo Grande. Crianças com sintomas graves sendo negligenciadas, famílias desesperadas sem acolhimento, e profissionais sobrecarregados sem estrutura para oferecer o mínimo. Até quando?

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