Demissão de Lupi não estanca crise do INSS

Redação 03/05/2025

A demissão de Carlos Lupi do Ministério da Previdência Social, ocorrida em 2 de maio de 2025, não foi suficiente para conter a crise institucional e política desencadeada pelo escândalo de fraudes no INSS. Embora Lupi não esteja diretamente implicado nas investigações, sua saída foi considerada inevitável diante das pressões políticas e da necessidade de o governo demonstrar uma resposta firme à opinião pública .

O esquema fraudulento, revelado pela Operação Sem Desconto da Polícia Federal, envolveu descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas, totalizando prejuízos estimados em R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024 . Relatórios indicam que Lupi foi alertado sobre as irregularidades em junho de 2023, mas só tomou providências em março de 2024, o que gerou críticas quanto à sua omissão .

A nomeação de Wolney Queiroz, também do PDT, como novo ministro da Previdência Social, não foi vista como uma mudança significativa, sendo considerada uma substituição de “seis por meia dúzia” . Além disso, a instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar as fraudes mantém a pressão sobre o governo, indicando que a crise no INSS está longe de ser resolvida . 

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