Empresário morre em cela de delegacia após prisão por embriaguez e família denuncia negligência
Redação 03/05/2025
Na madrugada de sexta-feira, 2 de maio de 2025, o empresário e arquiteto aposentado Antônio Cesar Trombini, de 60 anos, faleceu enquanto estava custodiado na cela do Centro Integrado de Polícia Especializada (CEPOL), em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Ele havia sido preso em flagrante na noite anterior por dirigir embriagado e causar um acidente de trânsito.
Por volta das 22h do dia 1º de maio, Trombini conduzia uma caminhonete Volkswagen Amarok pela Rua Arthur Jorge quando perdeu o controle do veículo, invadiu a pista contrária e colidiu com um Hyundai Creta. O motorista do Creta não sofreu ferimentos, enquanto a passageira teve um corte leve na cabeça. Submetido ao teste do bafômetro, Trombini apresentou teor alcoólico de 0,90 mg/l, acima do limite legal, sendo então preso em flagrante por dirigir sob influência de álcool.
A família de Trombini alega que, durante o acidente, ele bateu a cabeça no para-brisa e já apresentava sinais de mal-estar enquanto estava na delegacia. Mesmo após pedidos de atendimento médico feitos pela filha e pelo irmão, que é médico, Trombini não teria recebido os cuidados necessários antes de ser colocado na cela.
Circunstâncias da morte
Na manhã de sexta-feira, por volta das 11h, um detento que compartilhava a cela com Trombini informou à equipe policial que ele estava passando mal e não respirava. Os policiais constataram a ausência de sinais vitais e acionaram o Corpo de Bombeiros. A equipe médica do SAMU atestou o óbito às 12h, indicando “possíveis causas naturais” como motivo da morte.
Investigação em andamento
A Polícia Civil está investigando o caso para apurar se houve falha no cumprimento do dever de cuidado com o detido e se medidas serão tomadas contra eventuais responsáveis. A família de Trombini busca esclarecimentos sobre as circunstâncias da morte e possíveis negligências ocorridas durante a custódia.
Este incidente levanta questões sobre os protocolos de atendimento médico a detentos e a responsabilidade das autoridades em garantir a integridade física dos custodiados.