Mulher vítima de relacionamento abusivo é encontrada morta no Rio Aporé; marido é preso suspeito de feminicídio em Cassilândia

Redação 15/05/2025

O corpo de Thácia Paula Ramos de Souza, de 39 anos, foi encontrado nesta quarta-feira (14) no Rio Aporé, em Cassilândia, a 430 km de Campo Grande. O principal suspeito do crime é o próprio marido, de 43 anos, preso na terça-feira (13) sob acusação de feminicídio.

Segundo relatos da mãe da vítima, Fátima Aparecida Ramos, Thácia vivia um relacionamento abusivo, marcado por episódios de violência física, psicológica e verbal. “A história da minha filha é muito triste. Ela perdeu a vida num relacionamento abusivo”, afirmou, em entrevista ao jornalista Marcondi Marques.

O desaparecimento de Thácia foi registrado no último domingo (11), após ela não retornar de uma festa popular na cidade, o “Baile do Queijo e Vinho”. A mãe procurou a delegacia e deu início às buscas. Horas depois, o companheiro também compareceu à unidade policial, alegando que havia deixado a mulher na entrada da cidade após uma discussão por ciúmes.

Durante as investigações, os policiais localizaram um dos sapatos da vítima às margens do Rio Aporé, com uma mancha de sangue próxima. A perícia foi acionada, e o carro do suspeito, apreendido. No interior do veículo, vestígios compatíveis com o crime foram encontrados.

A prisão do suspeito ocorreu na região central de Cassilândia. Em depoimento informal, ele admitiu ter agredido Thácia dentro do carro e relatou que ambos foram até o rio, onde teriam entrado em luta corporal. Segundo ele, a mulher caiu nas águas durante o conflito. Um brinco reconhecido pela família também foi encontrado por bombeiros no local, antes da localização do corpo.

A mãe da vítima, consternada, afirmou que o genro tentou despistar a polícia usando o celular de Thácia após o crime. “Ele foi muito covarde. Respondeu mensagens no celular dela e depois desligou o aparelho”, relatou.

O caso segue sendo investigado como feminicídio, crime que expõe a brutalidade da violência doméstica e de gênero ainda presente na sociedade. A Polícia Civil aguarda o laudo da perícia para confirmar a causa da morte e dar continuidade à apuração dos fatos.

 

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