Milho segunda safra 2023/2024 tem a terceira pior produtividade dos últimos dez anos

da Redação | 31/07/2024

A produtividade estimada para o milho segunda safra 2023/2024, passou de 86,3 para 69,77 sacas/hectare
Foto: Equipe de campo da Aprosoja/MS

As equipes da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (Aprosoja/MS) continuam com o monitoramento das lavouras de milho segunda safra 2023/2024, na quarta semana de julho.

De acordo com dados do projeto SIGA-MS, executado pela Aprosoja/MS, até o momento, 65,9% das lavouras foram colhidas no Estado. A colheita está mais avançada na região norte do estado, com uma média de 82,8%. Na região sul, a média é de 66,1%, enquanto na região centro é de 56,1%. A área colhida até o momento, conforme estimativa do Projeto SIGA-MS, é de aproximadamente 1,4 milhão de hectares.

boletim divulgado nesta terça-feira, 30, mostra que após uma amostragem de 10% (221.800 hectares) da área estimada pelo projeto SIGA-MS,  constatou-se uma queda de 19,1 % na produção, em comparação à produção inicial de 11,4 milhões de toneladas. De acordo com a publicação, a produção será de 9,2 milhões de toneladas, uma redução de cerca de 34,7% quando comparada ao ciclo anterior (2022/2023). A produtividade estimada para o milho segunda safra 2023/2024, passou de 86,3 para 69,77 sacas/hectare, uma queda de 30,7% entre o estimado inicial e o atual.

 A área continua com uma expectativa de queda de 5,8% em relação ao ciclo anterior (2022/2023),atingindo uma área de 2,2 milhões de hectares.

“É importante ressaltar que esses números ainda não são oficiais, pois a amostragem das áreas ainda está em andamento, com previsão de término para o dia 13 de setembro”, aponta o coordenador técnico da Aprosoja/MS, Gabriel Balta.

Ainda de acordo com com Gabriel, o estresse hídrico foi a principal causa da perda de potencial produtivo na segunda safra de milho de 2023/2024. “Esta condição adversa impactou uma área total de 767 mil hectares no estado de Mato Grosso do Sul. Os períodos de seca ocorreram inicialmente entre março e abril, com duração de 10 a 30 dias de estresse hídrico. Mais recentemente, entre abril e julho, o estado enfrentou um total de 90 dias sem chuva. Notavelmente, a região norte do estado já está há mais de 100 dias sem precipitação. Além das baixas produtividades registradas no campo, também observamos perdas totais da produção, onde o produtor acaba passando o rolo faca, pois a colheita não compensa”.

De acordo com dados do Projeto SIGA-MS, essa redução da produtividade é uma das maiores dos últimos dez anos. A safra 2023/2024 só perde para a safra de 2020/2021, quando a produtividade em Mato Grosso do Sul ficou em 47,7 sc/ha, e para 2015/2016, quando registramos uma produtividade de 58,41 sc/ha A safra 2023/2024 só perde para a safra de 2020/2021, quando a produtividade em Mato Grosso do Sul ficou em 47,7 sc/ha, e para 2015/2016, quando registramos uma produtividade de 58,4 sc/ha”, avalia o coordenador técnico da Aprosoja/MS, Gabriel Balta.

Dados Econômicos

De acordo com o analista de Economia da Aprosoja/MS, Mateus Fernandes, “com a expectativa de produtividade de 69,77 sc/ha, o valor da quebra da segunda safra de milho 2023/2024 é de aproximadamente R$ 9,25 bilhões”.

Previsão do Tempo

 A previsão do tempo para a semana indica que a partir do dia 31 de julho, as temperaturas voltam a subir no Estado, podendo atingir de 34 a 37°C, principalmente nas regiões pantaneira, norte e sudoeste do estado.

Para o período de 29 de julho a 8 de agosto há probabilidade para ocorrência de chuvas de até 25 mm, sendo os maiores acumulados de chuvas previstos para as regiões sudoeste/oeste e sul do estado.

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