Fernanda Torres é indicada ao Oscar 2025 de Melhor Atriz

da Redação | 22/01/2025

Atriz concorre ao prêmio de Melhor Atriz 26 anos após sua mãe, Fernanda Montenegro, ter sido indicada pelo clássico ‘Central do Brasil’

Fernanda Torres recebeu, nesta quinta-feira (23), sua indicação ao Oscar 2025 de Melhor Atriz por sua atuação no filme Ainda estou aqui, produção original da Globoplay. Além da indicação de Torres, o filme também concorre como Melhor Filme Internacional, e fez história ao garantir uma vaga na disputa de Melhor Filme, algo inédito para uma produção brasileira.

O Oscar 2025 será realizado no dia 2 de março, em Los Angeles, com a apresentação de Conan O’Brien.

Na categoria de Melhor Atriz, Fernanda Torres enfrenta fortes concorrentes como Mikey Madison (Anora), Demi Moore (A Substância), Karla Sofía Gascón (Emilia Pérez) e Cynthia Erivo (Wicked). A indicação de Torres ocorre 26 anos depois de sua mãe, Fernanda Montenegro, ter sido indicada ao Oscar de Melhor Atriz por sua inesquecível performance em Central do Brasil (1998), também dirigido por Walter Salles – sendo esta a última vez que um ator brasileiro foi indicado em uma das categorias de atuação.

Em entrevista ao G1, Fernanda Torres expressou seu desejo de que, independentemente do resultado, a importância do filme não fosse diminuída: “Eu só não quero que a pessoa ache que, se não vier o prêmio, que o filme perdeu.”

Apesar da visibilidade trazida pelas premiações, Torres acredita que o impacto de Ainda estou aqui já se faz sentir no público brasileiro: “Para isso não precisa o prêmio. Isso já está acontecendo. Pessoas que não falam de cinema – porque o Brasil vive um processo de amor e ódio com o próprio cinema – já sabem sobre o filme”, disse.

A indicação de Fernanda Torres foi impulsionada por sua vitória no Globo de Ouro 2025 como Melhor Atriz de Drama. Curiosamente, ela quase não fez parte do elenco do filme, sendo Mariana Lima a primeira escolha do diretor para o papel.

Baseado no livro de Marcelo Rubens Paiva, Ainda estou aqui narra a transformação de sua mãe, uma dona de casa dos anos 1970 e mãe de cinco filhos, em uma das maiores ativistas pelos Direitos Humanos do Brasil após o assassinato de seu marido, o ex-deputado Rubens Paiva (interpretado por Selton Mello), pela ditadura militar.

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