Mortalidade de tamanduás por agrotóxicos em Mato Grosso do Sul aumenta em 2025

da Redação | 06/02/2025

Estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa e Conservação de Tamanduás revela o impacto crescente de agrotóxicos na fauna pantaneira.

O Instituto de Pesquisa e Conservação de Tamanduás no Brasil registrou a morte de cinco tamanduás-bandeira devido à contaminação por agrotóxicos em Mato Grosso do Sul, no ano de 2025. Os animais foram encontrados nas cidades de Aquidauana e Bonito, regiões de atuação da instituição, que está expandindo a pesquisa para todo o Estado. A expectativa é que o relatório sobre o estudo “Órfãos do Fogo”, iniciado em 2019, seja concluído ainda neste semestre.

Resumo:

A pesquisa do instituto, que visa reabilitar filhotes órfãos de tamanduá-bandeira, revela não só a morte de tamanduás, mas também de outras espécies como onças, araras, ariranhas e antas, vítimas da contaminação por agrotóxicos. A presidente do instituto, Flávia Miranda, destacou que o problema tem se intensificado nos últimos anos, afetando tanto áreas de pastagem quanto habitats naturais. Ela ressaltou a importância de preservar a fauna pantaneira, que também contribui para o ecoturismo e para a economia local.

A morte dos tamanduás foi identificada através de um sistema de monitoramento com coletes GPS, utilizado pelo instituto para acompanhar o comportamento e a saúde dos animais reabilitados. O uso de agrotóxicos, como inseticidas, tem contaminado o ambiente, afetando diretamente os animais que habitam essas regiões.

Desde sua fundação em 2005, o instituto realiza pesquisas sobre as espécies de tamanduás em diversos biomas brasileiros, como o Pantanal, a Amazônia, o Cerrado e a Mata Atlântica, abordando áreas de biologia, ecologia, medicina de conservação, genética e educação ambiental.

Sobre o Registro de Agrotóxicos no Brasil:

De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), os agrotóxicos comercializados no Brasil devem ser avaliados por três órgãos governamentais: o MAPA, o IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O registro desses produtos envolve um rigoroso processo de análise para garantir sua segurança e regulamentação.

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